quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Protógenes quer suspensão de filme por suposta apologia às drogas

O deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) disse nesta segunda-feira, dia 25, pelo Twitter, que irá acionar os "meios legais" para impedir que o filme Ted seja exibido nas salas de cinema do país por supostamente fazer apologia ao uso de drogas. O filme foi lançado na última sexta-feira, dia 21, e, segundo o portal especializado Filme B, vendeu mais de 207 mil ingressos.
Destinado ao público jovem e não recomendado para menores de 16 anos, o filme conta a história de um homem adulto que tem como único amigo um urso de pelúcia que fuma maconha, ingere bebidas alcoólicas e fala palavrões.
O filme não está apropriado para nenhuma faixa etária. Incentivar o consumo de drogas é crime, usando ainda ícones infantis
Protógenes Queiroz
Deputado federal
Protógenes contou no Twitter, na noite de domingo, dia 23, que levou o filho Juan, de 11 anos, para ver o filme e achou "um absurdo" ver uma cena em que o urso, personagem do filme, consumia drogas. Segundo o deputado, a cena é "apologia" às drogas.
"O filme Ted não está apropriado para nenhuma faixa etária. Incentivar o consumo de drogas é crime, usando ainda ícones infantis", disse o deputado na rede social. "Não aceitamos mais esses enlatados culturais americanos no Brasil", completou em seguida.
Protógenes afirmou que irá "apurar responsabilidades" e cobrar explicações do Ministério da Justiça "a fim de impedir que o lixo do filme infantil-juventil Ted seja exibido nacionalmente". A pasta é responsável pela classificação indicativa, mas não tem poderes para fazer uma retirada forçada do filme de cartaz, só possível por meio de decisão judicial.
O deputado não atendeu às ligações do portal G1 e sua assessoria de imprensa informou que até o início da tarde desta terça, dia 25, ele não havia encaminhado o pedido de suspensão do filme a nenhum órgão.
Procurada, a distribuidora do filme no Brasil, a Paramount Pictures, disse, por meio de sua assessoria, estar "tranquila" em relação à exibição por ter submetido a obra a análise do Ministério da Justiça para a classificação indicativa.
A pasta é responsável por avaliar as cenas e orientar os pais se o conteúdo é adequado para a idade dos filhos. Filmes não recomendados para menores de 16 anos têm, entre outras, conteúdo violento ou sexual mais intenso, cenas de tortura e suicídio.
A campanha contra o filme, batizada de #forafilmeTED, está entre os assuntos mais comentados da rede social.
Por  OAB Rio de Janeiro

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