HISTÓRIA
Foto: Ed Ferreira |
O altar-mor, neoclássico, está incompleto. Entre as imagens da igreja, destacam-se as de São Jorge, um crucifixo, Nossa Senhora do Rosário e São Pedro. Na sacristia e no corredor lateral, utilizado como Museu de Arte Sacra, existem algumas peças de mobiliário; merece destaque a cabeça de santa, São Miguel, Nossa Senhora das Neves (séc. XVI), Santo Antonio, Santo Inácio e São Caetano (séc. XVII), e alfaias de prata. Dados tipológicos: Igreja de construção apurada, originária do final do séc. XVII. São típicas deste período as cercaduras com ressaltos nos cantos e a torre piramidal, utilizada pela primeira vez no Convento de Cairu -Ba (1660).
Cercaduras semelhantes são encontradas em Sta. Tereza, Casa de Oração dos Jesuítas, solares Berquó e Sete Mortes, em Salvador, e na Igreja de São Brás, em Santo Amaro. Outra disposição arcaica está nos dois nichos laterais ao arco cruzeiro, observado também, no Colégio de Olinda, e igrejas de Ajuda e Belém, em Cachoeira.
Este elemento e o apuro da construção sugerem a intervenção de algum arquiteto jesuíta. Histórico arquitetônico, segundo o IPAC (1988, p. 224): Após a chegada dos primeiros portugueses e a fundação da vila de São Jorge, Francisco Romero fixou a povoação no morro de São Sebastião. Em 1556 foi criada a Freguesia de São Jorge por Dom Pero Fernandes Sardinha e uma primeira igreja teve sua construção iniciada pelos primeiros moradores da capitania, mas só foi concluída em 1572. A matriz de São Jorge foi construída após o convento de Cairu, que data de 1660. No início do século XX, para alargamento de uma rua, foi demolida a sacristia direita da igreja. Seu partido primitivo era, portanto, a planta em “T”, característica do mesmo século. A Igreja Matriz de São Jorge pode ser considerada o mais importante monumento histórico localizado na sede do município. O Museu de Arte Sacra, localizado ao lado da igreja, possui peças belíssimas, antigas e raras.
MAIS FATOS HISTÓRICOS DA IGREJA DE SÃO JORGE
Foto: Ed Ferrreira |
O belo monumento é do final do século XVII e tem área construída de 670 m2.
Restaurações e intervenções realizadas: entre os anos de 1912 e 1916, no curso das obras de modernização da cidade, empreendidas pela administração municipal do coronel Pessoa, é demolida a Sacristia direita da igreja. Na década de 1950 são construídos, anexos à igreja, um salão com laje de concreto e telhado de fibrocimento. (IPAC, 1988, p. 224).
No início do século, para alargamento de uma rua, foi demolida a sacristia direita da igreja. Seu partido primitivo era, portanto, a planta em “T”, característica do mesmo século. Em meados do século XVIII, a igreja teria sofrido, segundo alguns autores, intervenções em sua fachada. Estas modificações devem ter consistido na construção do atual frontão e na transformação das duas janelas laterais à portada em portas, como ainda hoje restam vestígios. O amplo corredor lateral é da década de 1950.
Em 4 de outubro de 1970 foi colocada uma placa comemorativa da restauração da igreja, com agradecimentos aos donativos de Jerônimo Francisco Ferreira e à orientação técnica e artística do arquiteto Luis Osório Amorim de Carvalho. Durante as obras foram descobertos alguns nichos de cantaria, que estavam tapados.
A Igreja Matriz de São Jorge pode ser considerada o mais importante monumento histórico localizado na sede do município. São Jorge é um dos padroeiros da cidade. A igreja está relativamente bem conservada, são realizadas missas normalmente, mas o clima local costuma danificar com muita facilidade os prédios, exigindo frequentes restaurações. No museu localizado na sacristia da igreja, encontram-se algumas peças antigas de valor, inclusive um São Jorge sem cavalo, fato raro. O Museu de Arte Sacra, localizado ao lado da igreja, possui peças belíssimas, antigas e raras, mas nem sempre fica aberto ao público por falta de segurança.
A Igreja de São Jorge é o mais belo monumento erguido na Vila de São Jorge, no tempo do Brasil Colonial. E o calçamento da rua Antonio Lavigne de Lemos é muito especial.
Fonte: (CRÉDITOS DE A história de São Jorge dos Ilhéus – Maria Luiza Heine)
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