terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Paisagismo & Jardinagem - Plantas Medicinais
sábado, 28 de novembro de 2020
Paisagem &Jardinagem - Frutas
Subarbustos ou arbustos alcança 0,15-3,5 m altura.
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO:
Cambuím – vem do Tupi Guarani e significa “Frutinha que nasce no galho fino”. Também chamada de Cambuí amarelo, Cambuí de restinga.
Origem: Aparece com certa raridade na floresta semideciduas (que perdem as folhas) de altitude e na Mata atlântica; ocorrendo com maior frequência na floresta de restinga litorânea, desde o Ceará até o Rio Grande do Sul, Brasil.
Características:
Arvoreta densamente ramificada desde a base que atinge 2 a 4
metros de altura, com muitos ramos formando copa densa e globosa. O tronco é
curto e liso com 5 a 25 cm de diâmetro, de casca descamante no sentido
longitudinal, com cor palha esverdeada. A ponta dos ramos novos é amarelada
após a brotação. As folhas são simples, opostas e glabras (sem pelos) com
pecíolo ou haste de 3 a 5 mm de comprimento.
As flores são hermafroditas e nascem em grupos de 5 a 15.
Os frutos são bagas ovoides amarelas e translúcidas de 0,6 a 1,2 cm de diâmetro, com casca bastante fina e com arilo amarelado envolvendo de 1 a no máximo 2 sementes arredondadas de coloração creme.
Dicas para cultivo:
Planta rústica e bastante adaptável e que resiste a baixas
temperaturas (até – 6 graus), embora seja nativa de lugares onde o clima é
tropical, a planta também aparece naturalmente em áreas mais frias. Pode ser
cultivada com sucesso desde o nível do mar até 1,500 m de altitude. Na
natureza o índice de chuvas ocorrente fica entre 900 a 2.500 mm anuais. Aprecia diversos tipos de solos como os vermelhos, arenosos
e até argilosos, que sejam profundos, conservem razoável umidade e tenham pH
neutro (ente 5,0 a 6,2). É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor
produção. Essa espécie pode ser cultivada em vasos grandes de 35 cm de boca e
40 ou 50 cm de altura. O substrato deve ser o mesmo indicado abaixo para
produção de mudas. Começa a frutificar com 2 a 3 anos após o plantio.
Mudas:
As sementes são recalcitrantes (perdem o poder germinativo em 10
dias se forem secas), medindo 3 a 4 mm de diâmetro. As sementes germinam em 40
a 60 dias, se plantadas em substrato feito de 40% de terra, 20% de areia e 40%
de matéria orgânica. As sementes podem ser semeadas em jardineiras ou canteiros
e depois quando estiverem com 10 cm de altura podem ser transplantadas para
embalagens individuais que devem ser deixadas em local com sombreamento de 50%
até soltarem brotos novos, depois podem ficar em pleno sol. As mudas atingem 25
cm com 8 a 10 meses após a germinação. A melhor época de plantio das mudas é
nos meses de setembro a outubro.
Plantando:
Pode ser plantado a pleno sol como em plena sombra em bosques com
arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 4 ou 5 m entre plantas. É bom fazer
covas de 50 cm nas três dimensões e prepará-las com 2 meses de antecedência misturando
aos 30 cm da terra inicial da cova 1 kg de calcário, 1 kg de cinzas e cerca de
6 a 7 pás de matéria orgânica. A melhor época de plantio é de setembro a
novembro. Após o plantio irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses,
depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando:
Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos
doentes ou aqueles que nascerem cruzados ou voltados para o interior da copa.
Adubar a partir do segundo ano com composto orgânico, pode ser 3 a 4 pás de
cama de frango bem curtido + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a
cada ano até o 3ª ano, depois manter essa adubação. Essa espécie frutifica
melhor se for irrigada na época da floração.
Usos:
Frutifica nos meses de novembro a dezembro. Os frutos apesar de
pequenos podem ser consumidos in-natura e muito apreciados. Os frutos maduros
podem ser despolpados sob uma peneira e a polpa utilizada para fazer sucos,
sorvetes e geleias. Essa espécie está entre as melhores para atrair pássaros.
As flores são apícolas e a arvoreta é ornamental, podendo ser
cultivada com sucesso na arborização urbana.
Por Ed Ferreira
Zap: (73) 98822-1126
ed.ferreira3@gmail.com
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Paisagismo & Jardinagem - Frutas
Grumixama (Eugenia Brasiliensis) é uma planta tipicamente brasileira, encontrada em várias regiões do Brasil e conhecida popularmente por grumichaba, grumiçava, grumixameira e gurumichaba.
Conheça a Planta
A grumixameira é uma árvore de médio porte que varia de 6 a 15 metros de altura, prefere solo com variados nutrientes, sem encharcamento e é bem resistente à variação de temperatura. Produz flores brancas muito perfumadas e seu fruto remete ao tamanho de uma cereja, cuja polpa é suculenta, branca e com sabor levemente adocicado. A planta apresenta três variedades de frutos que são amarelo, vermelho-escuro e roxo. A frutificação acontece nos meses de outubro a dezembro.
Propriedades terapêuticas da Grumixama
Ela possui variadas propriedades terapêuticas tais como adstringente, revitalizadora, diurética, anti-inflamatória, aromática e energizante; além de alto teor de antioxidantes. O fruto possui consideráveis teores de vitaminas do complexo B e C.
Ela é usada na medicina popular para alívio de várias enfermidades e a tradição é passada de pai para filho.
Utilização da Grumixama
Os frutos maduros são consumidos in natura ou aproveitados para fazer sucos, doces, mousses, sorvetes, picolés e para o recheio de bolos e sorvetes.
As cascas são utilizadas em forma de chá, com mel; e possuem efeito expectorante aliviando tosses e bronquites. Alivia dores estomacais e sintomas da gripe e febre.
Seu consumo regular auxilia no fortalecimento do sistema imunológico e na saúde intestinal
A arvore é usada para finalidades ornamentais e para arborização urbana de praças e canteiros. Suas flores são melíferas e fazem parte de pomares de apicultores.
Onde encontrar a Grumixama
Ela é encontrada em pomares das casas de roça, em feiras livres, mercados municipais e em sites que comercializam sementes e mudas de planta.
As plantas medicinais não substituem o acompanhamento médico e em altas doses podem ser prejudiciais à saúde.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020
PAISAGISMO & JARDINAGEM - MUITO ALÉM DE UMA OBRA DE ARTE
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Foto captada da internet |
Quando recebo um convite para realizar qualquer trabalho na área do paisagismo ou Jardinagem, uma das primeiras atitudes é conversar bastante com o possível contratante.
Saber de sua história, origem, trajetórias de vida, experiências, etc. Por que isso! No meu ponto de vista o paisagismo é uma obra de arte que tem que ser construída a partir do despertar do sentimento do contratante, portanto deve ser “uma tela pintada com exclusividade”, se for para usar os modelos pré-existente é o mesmo que copiar uma réplica.
Não podemos deixar de considerar que o homem é um ser composto por camadas sentimentais e na medida em que vai amadurecendo suas memórias afetivas afloram com uma carga sentimental muito forte e isso se traduz em bem estar. Por essa razão, nós, profissionais do paisagismo, temos que tentar emplacar o máximo possível desses sentimentos nos projetos.
Os componentes vegetais usados no paisagismo envolve uma série de ações perceptivas que deve despertar no contratante o sentimento afetivo puxando pela memória através dos sentidos que pode ser pelo olfato (um cheiro característico de uma planta reporta a pessoa a uma lembrança agradável), o paladar (o sabor de uma fruta, uma espécie de chá e até mesmo uma erva da culinária), a audição e o tato (por meio de vento balançando os galhos ou tocando nas pedras, nas flores).
O importante é que de alguma forma o paisagismo só é importante se cumprir sua missão no despertar dos sentidos, mesmo que seja apenas o visual (cores e formas).
A concepção de uma composição Paisagística requer o emprego adequado dos elementos vegetais no ambiente. Por essa razão em uma área, principalmente a residencial deve ter um conjunto de plantas que atenda aos sentimentos.
As flores, as frutas, os condimentos e as cores devem compor o ambiente numa escala proporcional ao espaço. Objetivando atender a todos, procuro pesquisar as espécies que possam ser adequadas aos jardins e que possam atender a outras necessidades que não seja apenas à estética. As frutas, os aromáticos, os chás, etc.
Por Ed Ferreira
Paisagista
(73) 9 8822-1126
ed.ferreira3@gmail.com