terça-feira, 18 de junho de 2013

Brasil ou Istambul? Quem está por trás da baderna?

Relato de  Kotscho
Na noite desta terça-feira, ao pousar em Cumbica voltando de uma breve viagem à bela, pacata e bem cuidada João Pessoa, na Paraíba, fiquei na dúvida: terei descido em São Paulo ou em Istambul, na Turquia?
As imagens  mostradas na TV serão da praça Taksim ou do viaduto do chá  em São Paulo?
Pedras, paus e coquetéis molotov; vitrines quebradas, a população amedrontada correndo de um lado para outro em busca de abrigo.
Uma pergunta que ninguém soube me responder: de onde vem tanta violência, quem está por trás destes atos de vandalismo em que um tal de "Movimento Passe Livre" vai destruindo o que encontra pela frente, sem que a polícia tenha forças para restabelecer a ordem numa região em que se concentram hospitais, prédios residenciais e o centro financeiro do país?
"O fato de o movimento não ter um líder que assuma responsabilidade dificulta a negociação", reclama o comandante da operação da PM, tenente-coronel Marcelo Pignatari. De fato, até agora, por trás de manifestantes com os rostos cobertos e alguns fantasiados de anarquistas só aparece o nome de Nina Capello, 22 anos, estudante de Direito, uma das organizadoras do "Movimento Passe Livre", criado em 2005.
Mas ela também não sabe explicar a crescente violência nas manifestações e admite: "Não temos controle. A manifestação se transformou numa revolta popular". Nina limitou-se a culpar a "repressão violenta da polícia", mas o que ela queria? Que os policiais apanhassem calados sem reagir, pedindo que os baderneiros se comportassem como pessoas civilizadas? Além do mais, ela também não soube dizer de onde partiu esta "revolta popular" contra o aumento da tarifa. Sejam os 5 mil manifestantes declarados pelos organizadores ou a metade, segundo a PM, é pouca gente diante dos milhões de paulistanos que andam de ônibus todo dia na cidade.

O que dá para ver pelas imagens é que o figurino e a estampa dos revoltosos não combina muito com quem anda de ônibus e menos ainda com quem não pode pagar um aumento de 20 centavos na passagem. O movimento de Nina Capello quer, na verdade, transporte de graça, mas alguém _ou seja, nós contribuintes _ tem que pagar a despesa se a Prefeitura aumentar  os subsídios pra os ônibus.

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