Não acredite em tudo que lhe dizem, muitas vezes a imagem vendida para lhe convencer tem como pano de fundo outra realidade.
Os ricos tiram-lhes os alimentos e devolvem-lhes os lixos atômicos.
A ONU como máximo representante mundial deveria denunciar e investigar, infelizmente não o faz porque trata-se de um organismo submetido às grandes potencias. Por esta razão este vídeo jamais será passado nas redes de tvs (Globo, Record) do mundo porque a maioria delas também atendem os interesses escusos das grandes potencias do mundo.
Ele nos mostra e nos faz refletir sobre os verdadeiros “Piratas”. É o testemunho do verdadeiro desastre ecológico, onde a espécie humana pobre é dizimada pelos poderosos do mundo e poucos têm a coragem de Juan Falque de mostrar a realidade.
Não há barulhos, protestos de ongues, já nos encontramos na época em a exemplo dos animais irracionais e matarmos apenas para sobrevivência.
Assista o vídeo:
Tradução do vídeo em texto:
Intrépidos... Aventureiros... Sedutores Românticos... E
também um pouco loucos. As histórias de piratas cativaram-nos desde sempre na
literatura, cinema e televisão. A pirataria é tão antiga como a própria
navegação. Mas... o que é um pirata? O pirata é um bandido que se dedica ao
roubo e ao saque marítimo. Apropria-se daquilo que não lhe pertence e fá-lo
fortemente armado e à margem da lei. Por vezes contam com a proteção de um
estado ou nação. e atuam em seu nome a coberto do que antes era denominado de
"cartas de Corso". Nesse caso denominavam-se "Corsários".
"Os piratas somalis ampliaram o seu raio de ação" "São dois dos
piratas" "O exército tentou capturar os piratas"
"Finalmente a fragata 'Canárias' alcança o batel e captura os dois
piratas" "Cerca de 60 piratas partilharam os despojos de 2 milhões e
meio de euros" "Houve fogo no 'Inter-Um-Dois' repelindo os
piratas" "Temos 63 piratas a bordo de momento" "Os trinta
piratas estão armados, consomem álcool e são muito agressivos" "O
inferno da Somália" Na atualidade, a pirataria na Somália assolapa os
meios de comunicação. Mas... existirá tal pirataria? Em que consiste? E... quem
são realmente os piratas? Para averiguá-lo é necessário retroceder até à origem
"Piratas" A Somália foi colonizada pela Itália e Inglaterra Consegue
a sua independência em 1960 mas o governo democrático dura tão somente 9 anos.
Em 1969 o ditador Mohamed Siad Barré lança um golpe de estado e forma governo.
Consegue-o com o apoio incondicional dos Estados Unidos. E não em vão: Graças a
isso as principais companhias petrolíferas ianques conseguem contratos
importantes para explorar o petróleo existente no país. Situada no Corno de
África, a Somália ocupa uma posição geo-estratégica fundamental para as rotas
de transporte marítimo que unem a Europa e a Ásia. Mais de 20.000 barcos de
carga atravessam anualmente as suas costas através do Golfo de Áden.
transportando mais de 10% do comércio mundial e por ali transita também grande
parte do petróleo extraído no Médio Oriente. Há muito tempo que nações
regionais e potências estrangeiras a disputavam como ponto estratégico para as
rotas de transporte marítimo. O mandado militar de Siad Barré prolonga-se até
1988 quando o Movimento Nacional Somali se revolta contra a sua ditadura. O
levantamento dá lugar a uma sangrenta guerra civil que se prolonga até 1991 ano
em que Siad Barré se vê obrigado a abandonar o poder e a fugir do país. Mas a
sua saída não traz a paz. Perante o vazio de poder, vários clãs defrontam-se
entre si para tomarem o controlo do país O que tem impedido a existência de um
governo estável até à actualidade. A guerra civil teve consequências
devastadoras para o povo somali. Mais de 300.000 mortos. Um milhão e meio de
refugiados e uma fome terrível que afecta todo o país agrava pela persistente
seca. Hoje em dia, o frágil governo apenas consegue o controlo da capital. Os
confrontos entre as diferentes facções são constantes. A violência, o caos e a
anarquia reinam nas ruas da Somália que é considerada o país mais perigoso do
mundo. Aproveitando-se desta situação caótica sem controlo nem governo um sem
número de barcos de pesca procedentes de vários países começam a pescar sem
nenhuma licença nas águas em frente à Somália. Incluindo as suas águas
territoriais. Estes barcos, procedentes dos EUA, Ásia e da União Europeia
praticam um tipo de pesca denominada: I.U.U. Pesca ilegal, não declarada, não
regulada. A sua incessante e descontrolada atividade usando artes de pesca
proibidas noutras regiões do planeta está a acabar com as reservas pesqueiras
de um país que carece de autoridade e meios para proteger as suas costas Na atualidade,
mais de 800 barcos de distintos países pescam na zona. Estima-se que os lucros
anuais gerados pela pesca ilegal ascendem a mais de 450 milhões de dólares. A
pesca de atum sofreu um vertiginoso e insustentável incremento nos últimos 10
anos. Só a frota do atum, composta fundamentalmente por Espanha, com 60% das
capturas e por França, com 40% captura na Somália umas 500.000 toneladas de
atum por ano. As frotas pesqueiras das grandes potências com a União Europeia à
cabeça contribuem desta maneira para o empobrecimento de uma das regiões mais
miseráveis do mundo. Roubam a principal fonte de proteínas da sua população e
acabam com a forma de vida e sustentos dos pescadores locais. Desta forma,
condena-se sem remédio a um país frágil que agoniza e morre de fome. Desde 1990
que a comunidade somali vem protestado reiteradamente na ONU e em diversos
organismos internacionais. Os seus protestos nunca foram escutados nem atendidos
O grupo de supervisão para a Somália das Nações Unidas também constatou e
alertou nos seus relatórios sobre a depredação sistemática da zona levada a
cabo por frotas de pesca estrangeiras. A ONU tampouco ouviu os seus próprios
supervisores e não fez absolutamente nada para deter o saque. Mas o pesadelo
não termina aqui. Desde a queda do governo, em 1991 outros barcos começaram a
aparecer também na costa somali. A sua actividade é mais misteriosa. Os barcos
entram nas suas águas territoriais vertem barris no mar e abandonam o lugar.
Esta actividade suspeita alerta os pescadores somalis Os quais tentam dissuadir
os cargueiros que realizam os derrames. Mas não têm êxito. Os derrames
continuam durante 14 anos. O conteúdo desses barris é um mistério até finais de
2004. Ano em que um terrível tsunami assola o sudeste asiático. Quando a onda
do tsunami chega à Somália centenas de barris são arrastados contra a costa Os
barris rompem-se Há fugas. O conteúdo sai à superfície e termina nas praias. A
gente da zona começa a adoecer. Infecções das vias respiratórias Hemorragias
intestinais... estranhas reações químicas na pele e mais de 300 mortes
repentinas causam alarme entre a povoação. Após algum tempo ocorrem nascimentos
com malformações e diversas enfermidades. Nick Nuttall, porta-voz do programa
do meio-ambiente das Nações Unida, explicou que quando as embalagens se
romperam pela força das ondas os contentores trouxeram à luz uma atividade
espantosa: "A Somália está a ser utilizada como vertedouro de resíduos
perigosos desde o início dos anos 90, e continuou desde a guerra civil
não-resolvida nesse país. O lixo é das mais diversas classes: há resíduos radioativos
de urânio, o lixo principal, e metais pesados como Cádmio e Mercúrio. Também há
lixo industrial, resíduos hospitalares lixo de substâncias químicas e o que se
queira nomear. O mais alarmante aqui é que se está a descarregar lixo nuclear.
O lixo radioativo está a matar potencialmente os somalis e está a destruir
totalmente o oceano". Ahmedou Ould Abdallah representante especial do ONU
na Somália declarou à Al-Jazeera que as descargas de resíduos tóxicos continuam
a acontecer na atualidade. O diplomata afirmou que possuía informações
fidedignas de que são corporações europeias e asiáticas as que estão a despejar
químicos e resíduos nucleares nas costas da Somália. Sim, as Nações Unidas
enviaram os seus representantes para constatar a catástrofe. E sem embargo, o
capítulo foi encerrado. Por ora não existiu um único despacho judicial, ....
detenção ou condenação por estes actos criminosos. E isto não ocorre unicamente
na Somália. As águas de outros países africanos como a Costa do Marfim,
Nigéria, Congo ou Benim também são usadas como vertedouros tóxicos pelos países
industrializados. Unicamente no ano 2011, chegaram a África 600.000 toneladas
de resíduos tóxicos. O continente africana converteu-se na lixeira de resíduos radioativos
gerados pelos países ricos. Um país devastado que morre de fome Os países ricos
correm para lhes arrebatar a pesca e de passagem contaminar as suas águas com
lixo tóxico e nuclear. Este é o contexto em que apareceram os homens que alguns
meios de comunicação denominam de "piratas". Perante esta situação de
absoluta impotência alguns pescadores reagiram de uma maneira desesperada.
Começaram a aliar-se em pequenos grupos armados e usando lanchas rápidas tentam
afugentar os barcos pesqueiros estrangeiros e dissuadir os navios que despejam
resíduos nas suas águas. "Há muitos anos conseguíamos pescar muitíssimo...
o suficiente para comer e para vender no mercado. Mas depois chegaram os navios
estrangeiros de pesca ilegal que muitas vezes despejam produto tóxicos que
dizimam as reservas pesqueiras Não me restou alternativa." Chamam-se a si
mesmos os "Guarda-Costas Voluntários da Somália" e contam com o total
apoio da população local. Segundo uma pesquisa, 70% da população somali apoia
fortemente esta actividade como um meio de defesa das águas territoriais do
país. Um dos seus líderes, Sugule Alí, explicou os seus motivos: "Parar a
pesca ilegal e as descargas nas nossas águas. Não nos consideramos bandidos do
mar. Consideramos que os bandidos do mar são os que pescam ilegalmente e
despejam lixo." Mas inicialmente ninguém os leva a sério. As frotas
pesqueiras estrangeiras continuam a pescar impunemente e as descargas tóxicas
continuam. Tendo em conta que tudo isto ocorre num país cheio de armas e
dividido em grupos rivais a estes pescadores rapidamente se unem ex-combatentes
e acabam convertendo-se em grupos fortemente armados. Pressentem um lucrativo
negócio na captura destes barcos e na exigência de um resgate. Quando começam a
reter barcos a zona vai-se esvaziando e as frotas estrangeiras deixam de chegar
com tanta frequência. As grandes potências veem agora ameaçada a sua atividade
de pesca lucrativa e veem-se privados do seu particular e muito económico
vertedouro de resíduos tóxicos e nucleares. A ONU, que ignorou sistematicamente
as reclamações somalis agora atende às reclamações dos países afetados por
estas ações. Espanha e França, países com importantes frotas pesqueiras na zona
encabeçam uma petição de uma reação militar conjunta. Desta maneira nasce a
Operação Atalanta. A missão dispões inicialmente de 8 vasos de guerra, barcos
de abastecimento e aviões de reconhecimento e vigilância. Após o fracasso
inicial da operação, é ampliado o seu prazo e dotação, com mais de 20 navios e
1.800 militares. O custo estimado para o governo espanhol ascende a mais de 6
milhões de euros mensais. A segurança privada dos atuneiros galegos e bascos
ascende a meio milhão de euros mensais. O governo espanhol suporta metade desse
custo por intermédio do Orçamento de Estado. Recordemos a definição de pirata:
Roubam no mar, apropriando-se do que não lhes pertence. Realizam as suas ações
fortemente armados. E nalgumas ocasiões contam com a proteção de um Estado ou
de uma Nação. Mas.. Por que razão pescam ali estas frotas? Não poderiam por
acaso fazê-lo nas suas águas territoriais? No seus oceanos? Não E a causa é
terrível Já não resta nada que pescar. Devastaram e saquearam todas as suas
reservas. Os países ricos exterminaram a vida marinha dos seus próprios
oceanos. Os sistemas de pesca dos países capitalistas industrializaram-se. Os
ecossistemas marinhos são explorados até ao limite com o intuito de maximizar
os lucros. Destrói-se a capacidade de regeneração das espécies marinhas A
cadeia alimentar é quebrada e as espécies extinguem-se. Como denuncia a
Greenpeace Internacional pelo menos um quarto de todas as criaturas marinha
capturadas são atiradas de volta ao mar, mortas. Baleias, golfinhos, ...
albatrozes, ... tartarugas. São o que a indústria pesqueira denomina
frivolamente de capturas acessórias. Desde os mares do Norte ao Golfo da
Biscaia o Cantábrico e o Mediterrâneo esgotou-se e destruiu-se o habitat da
maioria das espécies. O professor de História do Pensamento Político José
Carlos García Fajardo, afirma: "Por isso as nossas frotas europeias foram
à procura das ricas reservas de África, América Latina e Ásia. Em muitos países
serviram-se de governantes sem escrúpulos da falta de meios para defender a
pesca nas suas próprias águas ou de falsas joint ventures criadas para roubar
as suas riquezas. No ano de 2006, tendo em vista proteger os seus recursos
naturais o Senegal não renovou os acordos pesqueiros com os países da União
Europeia. Mas parece impossível deter as frotas pesqueiras capitalistas. Estas
burlam as leis criando joint ventures comprando licenças a outros países e
agitando bandeiras de conveniência. Atualmente, através da Internet pode-se
comprar uma bandeira de conveniência em alguns minuto e por menos de 500 euros.
No Senegal, os barcos de pesca deixaram de ser úteis para a sua finalidade
original e são agora usados para transportar imigrantes que procuram um futuro
melhor em países europeus. Ironicamente os mesmos países que lhes arrebataram o
seu futuro. Na Somália, os barcos deixaram de ser úteis para a pesca e são
usado agora para a pirataria. A Conferência Global dos Oceanos anunciou que 75%
dos bancos de pesca mundiais desapareceram. A FAO também alertou que 80% das
reservas mundiais estão sobre explorados e 30% das espécies marinhas se
encontram abaixo do limite biológico de segurança. Por tudo isso, diversos
estudos científicos calculam que no ano 2048 estarão esgotados todos os
recursos pesqueiros do planeta.
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