A menos de uma semana dos 50 anos do golpe militar no Brasil, o historiador Renato Afonso conta a real versão de como foi e de onde surgiu a conspiração que deu início à ditadura (1964-1985).
Antes da implantação do regime, foram as reformas de base pretendidas pelo governo João Goulart e a crescente presença popular no cenário político do país que assustaram os setores conservadores da sociedade. O historiador explica que a burguesia temia o movimento. “O golpe veio no sentido de afastar o populismo, reprimindo e impedindo que as conquistas se ampliassem”.
O regime não nasceu apenas da mente perversa dos generais, como conta o historiador. “A ditadura militar foi um golpe de classe. Ela nasceu da necessidade da elite brasileira e do capital internacional de ampliação dos lucros. Nesse sentido, a maioria da burguesia participou da conspiração e foi beneficiária dela”.
Tanto que a elite acumulou muito capital durante o período em que os militares estiveram no poder. “Os setores majoritários cresceram com base no arrocho salarial, na concentração de terras e no endividamento do país”.
Triste herança
Sobre as heranças deixadas pela ditadura militar, Renato Afonso fala que até hoje os movimentos sociais sofrem com a truculência dos policiais militares.
“A manutenção da PM como estrutura de Estado, do jeito que está, é uma herança terrível do velho modelo arbitrário do regime e o comportamento atual dos policiais na repressão dos movimentos é um reflexo disso”. Renato Afonso esteve presente ao 3º Fórum do Pensamento Crítico, que continua até hoje.
Antes da implantação do regime, foram as reformas de base pretendidas pelo governo João Goulart e a crescente presença popular no cenário político do país que assustaram os setores conservadores da sociedade. O historiador explica que a burguesia temia o movimento. “O golpe veio no sentido de afastar o populismo, reprimindo e impedindo que as conquistas se ampliassem”.
O regime não nasceu apenas da mente perversa dos generais, como conta o historiador. “A ditadura militar foi um golpe de classe. Ela nasceu da necessidade da elite brasileira e do capital internacional de ampliação dos lucros. Nesse sentido, a maioria da burguesia participou da conspiração e foi beneficiária dela”.
Tanto que a elite acumulou muito capital durante o período em que os militares estiveram no poder. “Os setores majoritários cresceram com base no arrocho salarial, na concentração de terras e no endividamento do país”.
Triste herança
Sobre as heranças deixadas pela ditadura militar, Renato Afonso fala que até hoje os movimentos sociais sofrem com a truculência dos policiais militares.
“A manutenção da PM como estrutura de Estado, do jeito que está, é uma herança terrível do velho modelo arbitrário do regime e o comportamento atual dos policiais na repressão dos movimentos é um reflexo disso”. Renato Afonso esteve presente ao 3º Fórum do Pensamento Crítico, que continua até hoje.
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