terça-feira, 8 de novembro de 2016

O transporte ferroviário é fundamental no futuro da soja do Centro Oeste


Nova safra de soja promete elevar exportações e estimular construção de ferrovias.




O plantio da soja 2016/17 se aproxima de 70% em Mato Grosso e no Paraná, estados líderes em produção no Brasil. A expectativa é de crescimento de 7,5% na colheita mato-grossense e de 11% na paranaense na comparação com a safra passada. O incremento promete forte impulso a setores como o de transporte ferroviário, que dará apoio ao escoamento da maior safra de soja do País, principalmente no Centro-Oeste, onde a soja é cultivada para exportação e o clima mostra-se mais favorável. A exemplo da ferrovia Leste -Oeste (FIOL) que está em construção e que que fundamental para escoar a produção via Ilhéus.

O Brasil tentou ultrapassar a marca de 100 milhões de toneladas de soja um ano atrás mas não conseguiu por problemas climáticos como falta de chuvas. A produção limitou-se a 95,4 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A colheita menor gerou reação em cadeia, que ainda é sentida pelo mercado.

As previsões sobre a safra atual mostram uma nova chance de essa meta ser alcançada. A Conab estima colheita entre 101,9 milhões a 104 milhões de toneladas, com acréscimo entre 6,7% e 9,0% ante 2015/16.

O crescimento na produção deve ampliar também a exportação brasileira, de 54,4 milhões para 58,4 milhões de toneladas, aponta estimativa do mercado externo medida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Esse aumento de 4 milhões de toneladas tende a ser o principal incremento no mercado global, que deve avançar 6 milhões de toneladas (de 133 para 139).

O impulso da safra no setor de transporte deve-se justamente ao aumento nas exportações – que exigem o escoamento de um volume de grãos sem precedentes para os portos marítimos. Outro fator é o aumento da produção em Mato Grosso, líder brasileiro no cultivo da soja. O estado do Centro-Oeste espera aumento de 27,8 milhões para 29,9 milhões de toneladas (7,5%), conforme o Instituto Mato-Grossense e Economia Agropecuária (Imea).

De cada dez toneladas de produtos transportados pela ferrovia no corredor Rondonópolis-Santos, nove são de produtos agrícolas e quatro são de soja, mostram dados de 2015.

A soja mato-grossense é exportada principalmente pelo Porto de Santos (SP) sobrecarregando este. O aumento de 2 milhões de toneladas na colheita deve-se a uma recuperação na produtividade média. O escoamento de mais da metade desse volume extra deve ser feito com utilização do transporte ferroviário exigindo do governo um olhar especial para a construção de ferrovias e novos portos.


Na comparação com seus dois principais concorrentes em exportações de soja, o Brasil deve apresentar o maior crescimento (4 milhões de t), sustentando-se como maior exportador. Os Estados Unidos devem ampliar as exportações desse grão em 2,4 milhões de t (para 55,1) e Argentina tende a recuar em 0,65 milhão de t (para 9,65), conforme o USDA. O principal motor do mercado segue sendo a China, que promete elevar suas importações de 82,5 milhões para 86 milhões de t.

Sobre a Rumo
A concessionária tem 12 mil quilômetros de malha ferroviária, 966 locomotivas, 28 mil vagões e quase 12 mil funcionários diretos e indiretos. Sua capacidade de elevação no Porto de Santos e no Porto de Paranaguá é de 29 milhões de toneladas ao ano.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Rumo

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