segunda-feira, 6 de maio de 2019

Brasil 2019, Presidente surreal e o golpe militar de 1964

*MEMÓRIAS DE UM FILOSOFO POLITICO:


Mais uma medida bizarra desse imprevisível Presidente Bolsonaro, fazendo escárnio dos valores e da memória do povo brasileiro, quando, recentemente, ordenou aos quarteis que promovessem atos de comemoração alusivos à triste data do golpe militar de 1964.
Foto Carta Capita: Entre militares
Na verdade, nunca houve antes no Brasil, generais que pretendessem tanto dominar e subjugar a Nação como os do terrível ciclo de 1964-1979, com todos os poderes submetidos a seu total controle e, o que é pior, a favor dos ricos, pelos ricos e para os ricos, agravando a já histórica má distribuição de renda nacional.  

Foto do Blog memórias da Ditadura
O golpe de 1964, simplesmente rasgou a Constituição, a Carta Magna do país e montou uma poderosa maquina de repressão, que prendeu, torturou e assassinou vários cidadãos brasileiros, apenas pelo fato de pensarem diferente, além de outras iniciativas nefastas que infelicitaram o povo, como por exemplo: “Acabou com a República e a Federação que eram objetivos nacionais permanentes, impediu as eleições presidenciais de 1966, instituiu o AI-5 como resposta a manifestação de autonomia do Congresso, criou a figura do Senador biônico, censurou sistematicamente a imprensa falada e escrita, patrocinou a cassação de mandatos populares e direitos políticos, porque a anistia do general Figueiredo só veio em 1979, deixando de lado os três mais famosos proscritos do regime: Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda...”. 


Naqueles “anos de chumbo”, o destaque foi o período do General Médici, o mais sangrento, que extirpou a voz e a liberdade do povo brasileiro, mais do que qualquer outro general em toda a historia do Brasil. Esse foi o modelo de 1964, que impôs cerca de duas décadas de regime autoritário disfarçado pelo generalíssimo presidencial e que também, aconteceu em movimentos similares na Argentina, Uruguai e Chile. 


Por outro lado, a declaração ainda recente, inoportuna, antiquada de autoria de um integrante do Governo, o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, que simbolizou uma verdadeira aberração diplomática diante do fato histórico enunciado, um equivoco grosseiro sobre um evento universal, quando verbalizou: “Dois regimes totalitários, o nazismo e o fascismo foram movimento de esquerda..”. Isto é, se comportou no mesmo diapasão do seu “chefe-presidente”, se caracterizando pelo despreparo e a insensatez no trato de coisas sérias no contexto da sociedade mundial, pois no Chile elogiou o temível Augusto Pinochet e, também teceu louvação ao famigerado Alfredo Stroesner do Paraguai. 

Já na reforma da Previdência, o Presidente da Republica esquiva-se e terceiriza a sua responsabilidade constitucional e politica, dizendo que a questão é com o Congresso e os partidos.
  
Chamar isso de “nova politica”, de novos métodos de governar ou de um novo estilo de relacionamento com o Congresso, é julgar que o povo não entende o que se esta passando no Brasil.

Que falta de senso da realidade contemporânea.

Afinal um governo que não consegue mostrar a sua unidade, não pode unificar o País.

Não podemos admitir a exploração de erros do passado para justificar os do presente. Os erros do passado podem dividir as pessoas, mas é preciso que os acertos do futuro nos reúnam, se quisermos de fato, um País próspero e com justiça social. 

* Artigo de colaboração de um politico e filosofo que escreve sob a luz de suas vivencias em comparação aos dias atuais. 








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