Portos e Logística |
A definição a respeito da localização do superporto do Espírito Santo
só deverá ser anunciada em abril do próximo ano. As duas áreas com
maior potencial estão sendo analisadas detalhadamente pela DPA
Engenharia. São Praia Mole, em Vitória, e Ponta da Fruta, em Vila Velha. Acesso, abrigo, profundidade, disponibilidade de áreas terrestres para movimentação de embarque e desembarque, armazenagem em área contínua ao porto, interferência urbana, viabilidade ambiental e custo logístico são os principais itens em avaliação pela DPA. O porto de águas profundas, segundo o secretário estadual de Transportes e Obras Públicas, Fábio Damasceno, vai consolidar o Espírito Santo como polo logístico nacional. "Será uma nova fronteira para o Estado e para o país", enfatiza. Na última terça-feira, quando da apresentação do estudo, o governador Renato Casagrande solicitou que fosse incluído o conceito de porto-indústria no trabalho de aprofundamento dos estudos, que está em Damasceno lembra que o porto-indústria é o que se tem hoje de mais moderno em agregação de valor à área portuária. "Um porto é uma porta de entrada para qualquer indústria e, quando se tem uma zona industrial ligada a ele, esse potencial aumenta muito", diz. O secretário lembra que o porto, além de trazer benefícios para o Estado e município, por conta geração de O Estado, lembra o secretário, quer Ponta da Fruta: melhorias para a mobilidade urbana na metrópole O diretor da Associação dos Empresários de Vila Velha (Asevila), Anderson Carvalho, defende o modelo de porto-indústria para a região próxima à Ponta da Fruta, em Vila Velha. Esse modelo, argumenta, é usado no mundo inteiro e é adequado para o Estado. Em uma área adensada, destaca, não haveria espaço para a instalação das empresas que seriam atraídas pelo porto indústria. E se o novo terminal não for planejado observando-se o conceito de porto-indústria, o projeto viria no mesmo modelo dos que já operam no Estado, destaca. Além do grande potencial para a atração de indústrias que se localizariam no seu entorno, o superporto em Vila Velha vai significar "uma gigantesca melhoria na mobilidade urbana da Grande Vitória, porque tira o fluxo de cargas dos centros urbanos da Região Metropolitana", aposta Carvalho. No Brasil, lembra o diretor da Asevila, foram implantados dois modelos de porto-indústria: Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Ambos são exemplos que podem atender ao Espírito Santo. "Para o Estado, seria uma perda gigantesca optar por uma estrutura portuária já existente, em detrimento de um modelo que é o mais usado no mundo", enfatiza. O porto-indústria, pondera, agrega valor econômico com a geração de empregos no terminal marinho e nas fábricas. E o mais importante, na sua avaliação, é que o terminal portuário deixaria de ser um porto de passagem de carga para ser um ponto de escoamento da produção das indústrias do entorno. Praia Mole: capacidade maior para embarcações modernas Na avaliação do representante dos trabalhadores no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Luiz Fernando Barbosa Santos, a melhor localização para o superporto é mesmo a região de Praia Mole, em Vitória. Menor impacto ambiental, um porto que atenda à pluralidade de carga e que tenha o papel histórico de porto de serviços, além de ser adequado às embarcações modernas. Essas seriam, na sua opinião, as principais características do porto de águas profundas. "Praia Mole é uma zona econômica especial, e isso reforça a posição dos trabalhadores de fazer a expansão do porto público em águas profundas", enfatiza. A região de Praia Mole, argumenta Santos, articula todas as prefeituras do eixo metropolitano, além de ter grande potencial de atração de indústrias. Os trabalhadores da orla portuária lançaram, em 2010, a proposta da construção do superporto no Espírito Santo já com indicativo de localização em Praia Mole. De lá até agora muito se discutiu, mas pouco foi decidido. E a demora na definição da área que vai receber o porto de águas profundas está trazendo desconforto aos trabalhadores portuários. "Percebemos que está faltando uma posição mais firme do governador em anunciar essa decisão. Parece que ele está sendo coagido por interesses privados", pondera. Santos argumenta que todos os levantamentos realizados até então apontam Praia Mole como o melhor local para a implantação do porto. "Praia Mole é uma solução viável", disse. Fonte: A Gazeta / Rita Bridi |
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Especialistas discutem qual é a melhor área para o superporto
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