Josias Gomes
Baseada na experiência de quem já governou o estado, e, agora, exerce o papel de vice no governo do PT, começa a tomar vulto e importância a candidatura ao Senado da República do aliado e amigo Otto Alencar. E é em virtude dessa dupla condição, de aliado e de amigo, que me acho à vontade para defender a chance, na eleição do próximo ano, de, nessa condição, Otto tornar a fazer parte da chapa majoritária em composição com o nosso partido.
São inúmeras as razões para que isto volte a acontecer. Antes de tudo, pelo sucesso da gestão atual, com Jacques Wagner e Otto Alencar formando uma dupla de governantes que vem transformando o perfil econômico e social do Estado da Bahia. Algo somente possível em virtude de uma simbiose política baseada na confiança mútua e na profunda experiência desses dois quadros políticos.
Mas, o sucesso da interação entre os dois governantes é lastreado na correção com que o PSD de Otto e o PT de Wagner, e de todos nós, convivem na administração da Bahia e no exercício da política no estado. Com efeito, PT e PSD podem repetir a coligação política atualmente no poder, nas eleições do próximo ano, com reduzidas áreas de conflito municipal, cuja ampla maioria dos casos é facilmente superável.
Qualquer aliança para que dê certo, e continue, tem que ser baseada, portanto, nos dois princípios que caracterizam o governo Wagner-Otto: o sucesso e a confiança. O sucesso pode ser aferido nas estatísticas sobre a nova realidade baiana à disposição de quem as deseje consultar. A confiança, nas sucessivas demonstrações públicas sobre a convivência entre esses dois homens públicos, e em cada um dos partidos que serve de abrigo a cada um deles.
Como se não bastassem todas as razões até aqui apresentadas em favor da continuidade da aliança entre PT e PSD na Bahia, convém lembrar que o ajuntamento político em causa tende a ganhar maior importância para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, e, portanto, para a continuidade de um governo que tanto tem feito em favor do povo brasileiro, seja do ponto de vista econômico ou do social. Apoio que tem em Otto Alencar um de seus mais evidentes defensores.
É preciso, tenho absoluta certeza, de que cabe a cada um de nós, que militamos no PT, e, mais do que isto, que formamos na base de sustentação política do atual governo brasileiro, construir – em cada recanto do país, nos municípios e nos estados – as condições necessárias à vitória de Dilma em 2014. Isto, para dar continuidade a uma administração que, pela via democrática, pratica uma verdadeira revolução no país.
Mas, nas justificativas a favor de Otto Alencar para o Senado Federal, é possível ir além dos aspectos subjetivos e objetivos até aqui dispostos. Embora que, por si sós, já apareçam como fortemente justificadores da aliança que se quer vê repetida. Entretanto, e de maneira bastante convincente, há que se observar também a formação profissional e técnica de Otto Alencar, e sua intrínseca vinculação com a história da Bahia. Desde o seu nascimento, na cidade de Ruy Barbosa, na Chapada Diamantina.
Formado em Medicina, Otto deu início a sua vida profissional em 1973, na Secretaria de Saúde do Estado. Exerceu a chefia do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Getúlio Vargas, e do Trabalho do Centro Industrial de Aratu. Foi, ainda, professor assistente da Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1987 apresentou-se à política baiana como deputado estadual, na condição de o mais votado no pleito de então.
Foi deputado estadual por três legislaturas, líder do governo e do PL, e presidente de várias comissões parlamentares de inquérito, e das comissões de Saúde, Saneamento e de Proteção ao Meio Ambiente. Autor do livro Bahia de Todos os Fatos-101 Anos da República na Bahia, Otto Alencar presidiu a Assembleia Legislativa da Bahia, em 1996, e, nessa condição, assumiu o cargo de governador interino em 1996.
Em 1998, elegeu-se vice-governador do estado, quando foi designado coordenador do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido. Em 2002, assumiu o governo no período de abril a dezembro, daquele ano. Foi presidente do Conselho da Empresa Baiana de Pesquisa Mineral e do Centro Internacional de Negócios da Bahia. Em 2003, comandou a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, e, em 2004, assumiu a função de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, permanecendo até 2010.
Trata-se, portanto, não apenas de um aliado e amigo, mas, sobretudo, de alguém com profundo conhecimento dos problemas do estado. Atributos que credenciam Otto Alencar à vaga de candidato ao Senado da República, na chapa majoritária com o PT e demais partidos aliados, nas eleições de 2014. Uma candidatura que, com toda a certeza, receberá o aval mais gratificante a que aspira qualquer político, que é o reconhecimento do seu povo, no caso, o povo da Bahia, razão de ser da existência política e profissional do nosso vice-governador Otto Alencar, até hoje.
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