quinta-feira, 25 de abril de 2013

Quando a Bajulação se torna um inconveniente politico.


Aquele politico que diante de outro que tem uma posição maior, e que se comporta de forma ridícula, querendo mostrar intimidade com a autoridade, acaba perdendo o respeito e passa a ser fonte de piada nos meios políticos e na imprensa.” Ibraim Sued.

Com base nas observações do colunista Ibraim Sued que por muitos anos acompanhou os bastidores da fama e da politica, nos reportamos a exemplos bem atuais.
Quem é ele?
Perfil comum:
  • O bajulador não é, necessariamente, incapaz ou incompetente. Do contrário não chegaria onde está. Confira:
  • Elogia e supervaloriza atividades feitas pela autoridade maior;
  • Não descola do mesmo, nem mesmo quando o mesmo vai ao banheiro, ele fica na saída a espera, quebra o protocolo do cerimonial e segurança, entrando no carro, avião, da autoridade sem ser convidado;
  • Faz fofocas e intrigas dos demais políticos para ficar bem na fita;
  • Quer sair de papagaio de pirata em todas as fotos, abraça e cochicha no ouvido para mostrar intimidade;
  • Informa tudo o que acontece na região do seu jeito;
  • Mistura questões profissionais com as pessoais: "A impressão que dá é de que ele quer se favorecer com a relação pessoal".
  • Faz o marketing pessoal de maneira errada: fala muito o que fez de bom, a todo o momento, e  sempre leva fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas para evidenciar a sua participação.
Mera coincidência:
Na região Sul da Bahia tem certo politico que se encaixa perfeitamente nesse perfil descrito por  Ibraim Sued.  A trajetória politica  do mesmo por si só já diz quem ele é: desprovido de ideologia, elemento fundamental para estimular o bom politico, acaba saltando de ninho em ninho como um pássaro migratório a procura dos seus pais.

Como lidar?

A autoridade deve saber impor limites. Se o bajulador chega a atrapalhar as atividades do evento, evitando que qualquer outro politico se aproxime, querendo roubar a cena para si, certamente é porque ele deu espaço, e para não ser deselegante e arrogante, o jeito é mandar recados por meio de piadas e brincadeiras de duplo entendimento.
Veja o exemplo abaixo publicado no Pimenta:

O prefeito Jabes Ribeiro (PP) passou parte do seu discurso em evento da Bahiagás, ontem, 24, lamentando a situação financeira de Ilhéus e pediu ao governador Jaques Wagner que também defenda um novo pacto federativo.

A resposta de Wagner ocorreu na sequência, em tom irônico:

- É que hoje eu vim sem carteira. Eu quase tiro um real para dar para ele – disse governador, provocando risos na plateia formada por jornalistas, políticos e empresários sul-baianos. Wagner emendou lembrando que o Estado da Bahia perdeu R$ 300 milhões entre fevereiro e março, resultado da queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), e nem por isso estava a se lamentar.
O governador encerrou a sua crítica a Jabes lembrando que nenhum político é obrigado a assumir cargo. “Ninguém nos obrigou a estar aqui”. E enfatizou que é o político quem corre atrás de voto. “Então, temos que nos virar”, completou. As críticas foram feitas durante o cerimonial da Bahiagás. Wagner em tom de brincadeira, disse que precisaria de um lençol para o chororô do mandatário ilheense.

Ed Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário