“Aquele politico que diante de outro que tem uma posição maior, e que se comporta de forma ridícula, querendo mostrar intimidade com a autoridade, acaba perdendo o respeito e passa a ser fonte de piada nos meios políticos e na imprensa.” Ibraim Sued.
Com base nas observações do colunista Ibraim Sued que por
muitos anos acompanhou os bastidores da fama e da politica, nos reportamos a
exemplos bem atuais.
Quem é ele?
Perfil comum:
- O bajulador não é,
necessariamente, incapaz ou incompetente. Do contrário não chegaria onde
está. Confira:
- Elogia
e supervaloriza atividades feitas pela autoridade maior;
- Não
descola do mesmo, nem mesmo quando o mesmo vai ao banheiro, ele fica na
saída a espera, quebra o protocolo do cerimonial e segurança, entrando no
carro, avião, da autoridade sem ser convidado;
- Faz
fofocas e intrigas dos demais políticos para ficar bem na fita;
- Quer
sair de papagaio de pirata em todas as fotos, abraça e cochicha no ouvido
para mostrar intimidade;
- Informa
tudo o que acontece na região do seu jeito;
- Mistura
questões profissionais com as pessoais: "A impressão que dá é de que
ele quer se favorecer com a relação pessoal".
- Faz
o marketing pessoal de maneira errada: fala muito o que fez de bom, a todo
o momento, e sempre leva fotógrafos,
cinegrafistas e jornalistas para evidenciar a sua participação.
Mera coincidência:
Na região Sul da Bahia tem certo politico que se encaixa
perfeitamente nesse perfil descrito por Ibraim Sued. A trajetória politica do mesmo por si só já diz quem ele é:
desprovido de ideologia, elemento fundamental para estimular o bom politico,
acaba saltando de ninho em ninho como um pássaro migratório a procura dos seus
pais.
Como lidar?
A autoridade deve saber impor limites. Se o bajulador chega a atrapalhar as
atividades do evento, evitando que qualquer outro politico se aproxime, querendo
roubar a cena para si, certamente é porque ele deu espaço, e para não ser
deselegante e arrogante, o jeito é mandar recados por meio de piadas e
brincadeiras de duplo entendimento.
Veja o
exemplo abaixo publicado no Pimenta:
O
prefeito Jabes Ribeiro (PP) passou parte do seu discurso em evento da Bahiagás,
ontem, 24, lamentando a situação financeira de Ilhéus e pediu ao governador
Jaques Wagner que também defenda um novo pacto federativo.
A
resposta de Wagner ocorreu na sequência, em tom irônico:
- É que
hoje eu vim sem carteira. Eu quase tiro um real para dar para ele – disse
governador, provocando risos na plateia formada por jornalistas, políticos e
empresários sul-baianos. Wagner emendou lembrando que o Estado da Bahia perdeu
R$ 300 milhões entre fevereiro e março, resultado da queda no repasse do Fundo
de Participação dos Estados (FPE), e nem por isso estava a se lamentar.
O
governador encerrou a sua crítica a Jabes lembrando que nenhum político é
obrigado a assumir cargo. “Ninguém nos obrigou a estar aqui”. E enfatizou que é
o político quem corre atrás de voto. “Então, temos que nos virar”, completou.
As críticas foram feitas durante o cerimonial da Bahiagás. Wagner em tom de brincadeira,
disse que precisaria de um lençol para o chororô do mandatário ilheense.
Ed
Ferreira
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