Objetivo é segurar os clientes dos pacotes
Apesar do aumento da moeda dos EUA, a empresária Mária de Fátima mantém a viagem que planeja fazer com a filha para a Argentina |
As operadoras de turismo reagiram rápido à alta do dólar nos últimos dias. Para evitar perder os clientes das viagens internacionais, elas criaram câmbio menor ou mantiveram a taxa cobrada no passado. O resultado é uma verdadeira dança de valores no preço final do pacote de viagem. No mercado de Belo Horizonte, as taxas cobradas pelo dólar turismo nas agências ontem variou 12%, de acordo com a operadora, indo de R$ 1,99 a R$ 2,25. O turista parece não ter assustado com a alta recente da moeda norte-americana, pois as agências não registraram cancelamento de viagens ao exterior.
A Snow Operadora congelou ontem o dólar a valores a partir de R$ 1,99 para os pacotes a Santiago do Chile em julho. Com a promoção, o preço do pacote de sete noites sai a partir de US$ 1,16 mil (cerca de R$ 2,3 mil). É menos da metade do valor cobrado para o mesmo período no Beach Park, em Fortaleza (CE), onde o pacote com meia pensão sai por R$ 5,36 mil. “A promoção foi para incentivar as pessoas a fecharem o pacote e não frear o desejo de viajar para fora”, afirma André Vieira, diretor da Snow Operadora. Com a taxa de câmbio menor, as vendas na empresa cresceram 50% ontem, comemora Vieira.
A Snow Operadora congelou ontem o dólar a valores a partir de R$ 1,99 para os pacotes a Santiago do Chile em julho. Com a promoção, o preço do pacote de sete noites sai a partir de US$ 1,16 mil (cerca de R$ 2,3 mil). É menos da metade do valor cobrado para o mesmo período no Beach Park, em Fortaleza (CE), onde o pacote com meia pensão sai por R$ 5,36 mil. “A promoção foi para incentivar as pessoas a fecharem o pacote e não frear o desejo de viajar para fora”, afirma André Vieira, diretor da Snow Operadora. Com a taxa de câmbio menor, as vendas na empresa cresceram 50% ontem, comemora Vieira.
“A alta do dólar faz o passageiro ficar um pouco indeciso na hora de comprar o pacote internacional, mas com o incentivo do operador, acaba fechando”, afirma Antônio da Matta, presidente regional da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav). A demanda pelos destinos internacionais, diz, continua alta, pois o preço do pacote nacional em julho é elevado. “Aí a pessoa prefere o Caribe, Europa, Estados Unidos ou Argentina, que agora têm voos diretos de Confins”, observa Matta.
A empresária Maria de Fátima Costa planeja ir com a filha para a Argentina neste ano. A passagem ainda não foi paga, mas apesar da alta da moeda dos EUA ela vai viajar. “Tenho acompanhado o aumento do dólar. Foi bem pequeno, ainda compensa mais ir para fora do que para destinos no Brasil. Eu olhei alguns pacotes para o Nordeste, mas não vale a pena”, diz.
Depois de viajar para Turquia e Inglaterra, a aposentada Maria Imaculada está apreensiva com a fatura do cartão de crédito |
Vantagem
O diretor da Acta Turismo, José Carlos Vieira, afirma que mesmo se houvesse alta de 30% no valor do dólar os preços dos pacotes internacionais ainda ficariam mais baixos do que os nacionais. “O destino no Brasil ainda está muito caro. A alta pequena de 5% no câmbio não é suficiente para as pessoas mudarem o destino”, diz. A flexibilidade de poder parcelar o pacote de viagem em até 10 ou 12 vezes leva o consumidor a não sentir o impacto imediato da alta do dólar, afirma Lenini Lamounier, diretor comercial da Master Turismo. “Apesar da alta do dólar, o real continua a ser uma moeda valorizada. Se o turista for escolher entre ir para um resort no Caribe ou no Brasil, pode ficar mais caro aqui”, diz Lamounier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário