terça-feira, 27 de agosto de 2019

COMPLEXO INTERMODAL PORTO SUL...

Este empreendimento é um vetor de desenvolvimento regional, por si só não será a solução dos centenários gargalos, mas certamente criará uma rede de alternativas. A ZPE que a mais de vinte anos não sai do projeto terá a oportunidade de se desenvolver e ajudar a retomar o parque moedor de cacau, as empresas de informáticas e muitas outras, obviamente usando o Distrito Industrial de Ilhéus que parou no tempo.

A Bahia Mineração é uma empresa brasileira que, por meio de sua operação, contribuirá para o desenvolvimento social e econômico da Bahia e de sua gente. Para extrair, beneficiar, escoar e comercializar 20 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, serão criados 6,6 mil vagas de empregos em Caetité – cidade do semi-árido – e em Ilhéus, município que há 20 anos vive contínuo declínio econômico por conta da crise da lavoura cacaueira.
A Bamin prevê investimento total de US$ 3 bilhões no Projeto Pedra de Ferro, que consiste na extração e beneficiamento de minério de ferro em jazidas nas cidades de Caetité, transporte desta carga pela Ferrovia de Integração Oeste – Leste (Fiol) e escoamento do produto via Terminal de Uso Privativo a ser construído no Complexo Porto Sul, em Ilhéus.

O texto abaixo é em resposta alguns questionamentos e e aos fakes midiáticos que tem como propósito criar uma imagem negativa no consciente popular.

“A resistência contra o projeto decorre de que as obras impactarão diretamente um corredor ecológico de remanescentes da Mata Atlântica numa área de vocação turística e agrícola - especialmente pela cultura do cacau através da cabruca, técnica agroflorestal em que o cacau é cultivado sombreado por espécies arbóreas.”

Vivemos diariamente um êxodo juvenil

Não consigo conceber como pessoas que aqui vivem e sabem das dificuldades naturais da Cidade de Ilhéus e região em conseguir atender as demandas dos jovens e dos demais habitantes que não conseguem colocações e espaço para trabalhar, sendo obrigados muitas vezes aceitar o destino de ter que partir para outras plagas, deixando para trás as famílias, na tentativa de encontrar uma oportunidade, mesmo distante daqueles que amam.
Um dos graves problema da região cacaueira que vem sendo registrado é a saída dos mais jovens do campo e as chamadas migrações internas, que acontecem quando determinados grupos populacionais se deslocam dentro de uma mesma localidade geográfica. A principal causa desse fenômeno é a falta de oportunidades na terra natal, que faz com que essas pessoas se mudem para outras regiões em busca de trabalho. 
De acordo com o IBGE A estimativa da população brasileira divulgada nesta quarta-feira (28/08/2019) (veja mais aqui ) mostrou que, entre os 10 mais populosos municípios baianos, apenas Ilhéus teve perda de habitantes. A cidade do Litoral Sul baiano diminuiu cerca de 1,52% da população. Em 2018, a estimativa era de 164.844 e neste ano ficou em 162.327.
As migrações internas mais comuns nos centros das medias e grandes cidades são jovens que depois de formados em cursos médios ou superior, partem para outros destinos em busca de colocações. E no meio rural são o  êxodo rural, que acontece quando populações rurais se mudam para cidades grandes, geralmente em busca de emprego. Esse tipo de migração costuma ser definitiva. Ocupam a periferia e acabam invadindo os espaços de APPs , a exemplo de manguezais do Teotônio Vilela, São Domingos, Tulha e etc.
O grande desafio gerado por essas migrações é a dificuldade de se formular políticas públicas para esses.

"Vocação turística" - O turismo  como alternativa não atende as necessidades locais

A beleza do litoral ilheense de norte a sul é exuberante, no entanto, o  turismo que eles indicam como alternativa é temporão e não é capaz de atender a grande disposição de mão de obra e quando consegue é por pouco tempo, no máximo 4 meses. As milhares de pessoas que descem em Ilhéus usam a cidade como ponto de passagem e apoio para dormir e no dia seguinte seguir para Comandatuba, Itacaré , Barra Grande e outros destinos mais. Mesmo Ilhéus tendo lindas praias, historia não consegue firmar sua vocação natural no turismo. Talvez, com as demandas comerciais surjam os complementos a exemplo do turismo de negócios trazendo novas redes comerciais.

"Cultura do cacau através da cabruca, técnica agroflorestal" O cacau existe a mais de 200 anos em nossa região e não resolveu os principais gargalos!

O cacau que sempre foi o carro chefe da economia regional, mesmo em seu tempo áureo não conseguiu estruturar a cidade. Seus habitantes preferiam usar o dinheiro do lucro do cacau, na época, apenas as sementes, usufruindo em outras regiões, viajando, comprando imóveis em Salvador, Rio, São Paulo e até no exterior. As fazendas eram administradas por homens subjugados á pagamentos pífios. As terras eram sugadas em seus minerais e proteínas, por meio de seus frutos, e nada em troca recebiam, numa verdadeira vida de *GIGOLOS DA TERRA . Esses herdeiros do cacau, nunca se preocuparam com a natureza, biodiversidade, sempre derrubaram e queimaram as terras. Por sorte da Mata Atlântica a cacauicultura é uma cultura exigente em sombreamento, dai surgiu a pratica da cabruca que conservava algumas plantas nativas como sombreamento.
Hoje com uma crescente demanda por chocolates, a região acordou, antes tarde do que nunca, para o chocolate gourmet o que começa a despertar o interesse de empresários que adquirem propriedades de cacau na mão daqueles que nunca souberam administrar e começam a dar outro rumo  para economia regional, mas que ainda tem muito a apreender.
Devemos fortalecer a CEPLAC (Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira da Bahia e Espirito Santos) e o trabalho de seus pesquisadores e extensionistas na melhoria da qualidade e da produtividade das áreas que hoje existem, sem a necessidade de expandir, apenas melhorando a cultura em parceria com o Bioma de Mata Atlântica, reflorestando e pondo em prática a "pratica que foi muito usada pelos desbravadores da região a CABRUCA".



SER CONTRA APENAS POR SER, SEM APRESENTAR ALTERNATIVAS CONCRETAS,
 NÃO É PARTICIPAR E SIM ATRAPALHAR!


Além dos velhos e conhecidos opositores a exemplo dos Empresários e algumas Ongs, surge também um grupo de estrangeiros de várias nacionalidades que resolveram viver sitiados no entorno dessas áreas, principalmente Serra Grande, numa espécie de movimento de contracultura.
O mais interessante é que esse mesmo grupo que se opõe ao desenvolvimento, boa parte faz parte desse perfil descrito acima que trás no DNA o ranço de se opor a tudo. Não se preocupam com os herdeiros, pois a grande maioria já estão fora desse eixo a muito tempo, morando em outras partes do país. Nunca estão satisfeito, se opuseram à aponte, provocando um atraso de 2 anos, foram contra a construção do Novo Hospital (Costa do Cacau), mesmo sabendo que o anterior, Hospital Regional estava decadente e era fruto de denuncias diariamente. Tudo que for para o bem de Ilhéus vai aparecer um desses que se opõe. Mas, nenhum deles dão uma alternativa viável.

A Bahia tem a maior concentração de unidades de conservação

Uma região que tem uma população tão grande, com altos índices de pobreza e desempregos não pode transformar todo seu território em áreas de restrições ambientais! O meio Ambiente é fundamental para todas as gerações de forma sustentável, onde as obras possam conviver de forma equilibrada  e ao mesmo tempo servir a geração contemporânea e a futura.

Fala se em unidade de conservação como se isso fosse um obstáculo! Muito pelo contrário. A Bahia e em especial a zona litorânea tem um vasto investimento em áreas protegidas em várias classificações ( Veja Aqui). O que todos que se opõem ao complexo intermodal deveriam ou até exigir dos poderes públicos que cuidassem melhor das unidades de conservação. De nada adianta criar parques, Apas e abandonarem !

Vejam as informações sobre as Unidades mais próximas do Futuro Complexo

O Parque Estadual da Serra do Conduru (9.275 hectares); está fora da área de amortização e é depredada cotidianamente por madeireiros clandestinos, caçadores, mas não vejo ninguém reclamando, pondo matérias, fazendo manifestações!
Seguindo o mesmo caminho está APA da Costa de Itacaré/Serra Grande (62.960 hectares).
No entorno da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada (157.745 hectares) já tiraram toda madeira de lei, há diversas derrubadas para implantar pastagens não há fiscalização nenhuma. 
No entorno da Lagoa Encantada

Entorno da Lagoa  Encantada


A APA Baía de Camamu está distante foi aqui citado apenas para figurar e tentar chamar a atenção num jogo de cena típica de convencimento por meio de fatos mentirosos;

O Parque Municipal da Boa Esperança (437 hectares), desde sua criação nunca foi feito nada nem pelo poder público municipal e muito menos por alguma ONGs, os moradores dos arredores tiram madeira para lenha e construções e se transformou em um local de esconderijo de "fugitivos urbanos". 
O Parque Municipal Marinho dos Ilhéus (5 hectares), criado depois do projeto está tramitando com o propósito de tentar atrapalhar.

Fato

A maioria dos que estão contra o Porto Sul são os mesmos que fazem vistas grossas para tudo que está acontecendo de errado a exemplo de invasões de mangues por pessoas que não possuem casas, poluição de lençóis freáticos por fossas sépteis, poluição da Bahia do Pontal por moradores e comerciantes na Lomanto Junior, os despejos de esgotos a céu aberto nas praias do Sul. São proprietários de Resorts, Pousadas , Hotéis, sítios, casas sofisticadas a exemplo do dono da Natura que construiu várias casas em uma Área de Proteção Permanente (APP), sem falar que já adquiriu quase todas as áreas no entorno de Serra Grande. Hoje a prefeitura de Uruçuca se quiser fazer qualquer obra tem que pedir licença ao mesmo.

FAKEs

A dinâmica utilizada pelos empresários que não desejam o complexo intermodal é de forma obscura contratar mídias e arrebanhar seguidores para tentar inviabilizar. São tão perigosos que criam Fakes para tentar convencer as pessoas com fatos inexistentes.
Chegam ao absurdo de dizer que vão usar a água do Rio Almada e da Lagoa Encantada para lavar os minérios!
Dizem que os mangues berço da vida marinha vão ser destruídos...Quem visitar os manguezais da região norte de Ilhéus verá que a mais de 20 anos estão invadidos por pessoas que não têm residência e fizeram do local seu habitat e mais uma vez o poder público local não tomou nenhuma providencia e muito menos movimentos de denuncias?

"O porto está no maior ponto pesqueiro da região, onde existem cerca de 10 mil pescadores que vivem da atividade artesanal”. afirmou Mendonça.

Outro aspecto da manipulação da verdade é dizer que na região tem 10 mil pescadores, nem reunindo todos os pescadores ao longo de todo litoral atinge esse número, fora os cadastro falsos que existem nas colônias onde pessoas que nunca pisaram em rio, mar ou lago que  são cadastrados como pescador para receber o beneficio do defeso. E o local não é o maior ponto pesqueiro. O litoral baiano todo é um grande pesqueiro.


USAM FAKES CHAVES PARA DESINFORMAR

"O minério de ferro é poluente e espalha o pó de ferro, altamente tóxico e capaz de viajar com o vento quase 100 km. Faz mal à respiração, contamina a água e a agricultura, e pode, assim, prejudicar a produção de cacau", disse Gabriel Siqueira. Os impactos tanto para a saúde da população quanto para o meio ambiente podem ser maiores do que a vida útil da própria mina de ferro, estimada em 15 anos.

O importante não é ficar contra! Mas acima de tudo acompanhar, fiscalizar e exigir. A radicalização não é alternativa para nenhuma nação. O Japão é uma nação que esbanja exemplos de convivência entre grandes obras estruturantes e o meio ambiente.

Nada do que é dito acima corresponde a realidade veja aqui todo processo do ferro. Em Ilhéus não haverá siderurgias e nem tratamentos do material. O mesmo vem em vagões no formato pelotizado com areia e amido sem causar suspensão de resíduos e será embarcado em porões dos navios cargueiros por meio de esteiras fechadas.



* Título do meu futuro livro



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