Caros e caras ilheenses,
Esta carta aberta tem o objetivo de esclarecer alguns fatos a respeito de minha saída estratégica das eleições municipais de 2020, para a qual me apresentei como pré-candidato a prefeito. Prestar estes esclarecimentos faz-se necessário em respeito a todos que, desde o início desta caminhada, abraçaram nossa pré-candidatura. Quem conhece minha história sabe que sempre encarei de frente grandes desafios impostos pela vida. Não seria diferente agora. Compreender a complexidade de administrar nossa cidade e buscar apresentar as saídas para os setores mais carentes como saúde, educação, infraestrutura, geração de emprego e renda e meio ambiente era o que me motivava.
Ilhéus sempre é lembrada pelo seu potencial. Contudo, historicamente, nunca foi devidamente explorada e ver revertida à população os benefícios deste desenvolvimento.
Portanto, nossa pré-candidatura era a oportunidade de fazer o melhor para o nosso povo e, em especial, os jovens e mais carentes. A aceitação deste desafio teve início com a aderência do PT. Houve uma unanimidade para que o PT tivesse uma candidatura própria, sendo o meu nome escolhido para enfrentar este grande desafio. Não custa acrescer que todas as esferas da agremiação endossaram e estimularam nossa participação. Todas as classes sociais, representadas no PT e também por onde passei, apostaram na ideia.
Entretanto, nos últimos dias fomos surpreendidos por mudanças no cenário político de Ilhéus. Tomei conhecimento que os dirigentes do Diretório local do PT haviam fechado um acordo com o ex-prefeito Jabes Ribeiro. Como contrapartida conhecida indicará o vice de Cacá Colchões (PP). Amigas e amigos, tal acordo foi feito à minha revelia. Sempre afirmei, em meus pronunciamentos pela internet (lives e redes sociais) e às pessoas que me acompanharam e acompanham, que o meu projeto seria de uma candidatura a prefeito e não a vice.
Consabido também que afirmei jamais seria óbice à política de nosso governador Rui Costa. Um governador que faz um excelente trabalho não pode ter percalços na construção e coroação de seu trabalho. Embasado nisso é que jamais me opus a qualquer composição da base aliada, pois entendo que os interesses de Ilhéus e sua população estão acima de interesses pessoais. Como membro do PT, ao qual devo lealdade, apesar dos pesares, abro mão de uma eventual pré-candidatura a vice-prefeito e desejo sorte ao Diretório na escolha do nome que comporá esta aliança com Cacá Colchões.
Fatídica pelo fato de tornar o PT apenas um adereço. Deixo de concorrer ao cargo executivo nestas eleições, mas não estarei fora do cenário político, pois meu desejo é de colaborar com a cidade e com as pessoas. Por fim, quero agradecer ao grupo que sempre esteve comigo e me ajudou tomar as todas decisões que encampamos até agora. Nossos pré-candidatos a vereadores, líderes do Partido dos Trabalhadores, em especial ao Deputado Estadual e líder do Governo Rosemberg Pinto, Deputado Federal Jorge Solla, Senador Jaques Wagner, Governador Rui Costa sabem que podem sempre contar comigo.
Agradeço também a todos que acreditaram em nossas propostas. Deixo claro que não é uma desistência, mas um adiamento de um projeto coletivo de desenvolvimento de Ilhéus. Continuaremos na luta, combatendo o bom combate e agindo com honradez, transparência, ética e compromisso com Ilhéus e os ilheenses.
Ilhéus, 15 de setembro de 2020.
Nilton Cardoso da Cruz
Vice-presidente do Partido dos Trabalhadores de Ilhéus
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