A Baía do Pontal - Ambiente costeiro de beleza ímpar, conhecido como estuário, berço da reprodução das espécies marinhas, local de grande biodiversidade. Conhecida como desembocadura da Bacia do Rio Cachoeira, Santana e Itacanoeira, por muitos anos se caracterizou pelo ambiente que proporcionou para o desenvolvimento econômico de Ilhéus e região. Na década de 20 iniciava as atividades operacionais do Porto Internacional do Cacau, canal onde os navios atracavam para transportar o fruto de ouro.
Por volta da década de 40, com o crescimento da produção da lavoura cacaueira e o constante assoreamento oriundo da forte descarga hidráulica dos rios que ali desaguam, começava a dificuldade de escoamento, muitas vezes os navios ficavam ao largo da Praia de São Sebastião e as chatas levavam as sacas de cacau até os navios.
Observe que naquela época os estudos batimétricos (profundidade da lâmina d’agua até ao assoalho continental ou marinho) realizados naquele ambiente, demonstravam uma profundidade em torno de 7 metros, no entanto, os estudos do Ministério das Hidrovias verificou que seria inviável um investimento no Porto das margens do Rio Cachoeira, tendo em vista, que o acúmulo de areia fluvial naquele canal anualmente seria imenso, tornando-se impossível o investimento, sendo melhor e mais barato a construção de um novo porto na enseada do malhado.
Em 1971, o Presidente Medici,
veio a Ilhéus inaugurar o novo Porto internacional do Cacau (Porto de Malhado),
hoje Porto de Ilhéus, na época também conhecido como o 1º porto construído em
mar aberto.
Hoje, aguardamos que o Governo
do Estado, e o Governo Federal, através de emendas dos parlamentares regionais,
para viabilizar dragagens necessárias no canal de acesso, com objetivo de
atrair embarcações de pesca assim como ajudar a transformar a Baía do Pontal em
um polo turístico, esportes náuticos, e pesca esportiva.
Uma série de Problemas que afetam a saúde ambiental da Baía do Pontal
Berço de reprodução de espécies marinhas a exemplo de caranguejos, siris, aratus e robalos. Após a construção da represa no Rio Santana, na região do Rio do Engenho, a Embasa (Empresa Baiana de Aguas e Esgotos), com o objetivo de abastecer a região sul de Ilhéus, a obra afetou diretamente as espécies de piracema, inviabilizando a passagem dos peixes que se reproduzem na água doce para depois se desenvolver nos manguezais.
Outra situação grave é o grau de poluição da Baía por meio esgotos clandestinos ligados as redes fluviais do entorno do manancial e a carga e dejetos advindos da montante do Rio Cachoeira.
As invasões dos mangues para construção residencial é outra questão grave, principalmente quando os administradores por uma questão eleitoreira fecham os olhos e deixam acontecer, sem oferecer nenhuma alternativa para aqueles que buscam moradias.
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